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Eletronuclear renova licença de Angra 1 até 2044 e anuncia investimentos bilionários
A usina nuclear Angra 1 terá sua operação estendida por mais 20 anos após aprovação da Comissão Nacional de Energia Nuclear. A renovação inclui um plano de modernização de R$ 3,2 bilhões entre 2023 e 2027, reforçando o compromisso com eficiência, segurança e avanços tecnológicos no setor elétrico brasileiro.
Wyss Notícias
11/22/20242 min ler


A Eletronuclear obteve a renovação da licença de operação da usina nuclear Angra 1, garantindo seu funcionamento por mais 20 anos, até dezembro de 2044. A autorização foi concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) nesta quinta-feira (21). Esse marco reflete os esforços da companhia para assegurar a operação segura e eficiente da usina.
Investimento robusto em modernização
A renovação inclui um plano de investimentos estimado em R$ 3,2 bilhões entre 2023 e 2027. O montante será aplicado em quatro parcelas de aproximadamente R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos (2023-2026) e R$ 320 milhões em 2027. Esses recursos serão destinados à modernização de sistemas, atualização tecnológica e aprimoramento de segurança, alinhando a usina aos padrões internacionais mais avançados.
Um longo processo de preparação
O processo de extensão da vida útil de Angra 1 começou oficialmente em 2019, com a apresentação do pedido de renovação da licença. Desde então, a Eletronuclear constituiu uma equipe técnica dedicada para atender às rigorosas exigências do órgão regulador. Os esforços incluíram uma análise detalhada das condições estruturais e operacionais da usina, além da implementação de melhorias recomendadas pela CNEN.
Essa conquista reforça a posição de Angra 1 como um ativo estratégico para o setor elétrico brasileiro. Ela também representa um avanço importante nos planos da Eletronuclear, que incluem, além da operação prolongada de Angra 1, a retomada da construção de Angra 3, projeto que ainda depende de decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Conquistas e comparações internacionais
Raul Lycurgo, presidente da Eletronuclear, comemorou a decisão, destacando o desempenho exemplar da equipe técnica. Ele mencionou a comparação com usinas nucleares americanas de características semelhantes, que já têm licenças para operar por até 80 anos. "A renovação demonstra que seguimos os mais altos padrões internacionais e que temos capacidade de operar de forma confiável e segura", afirmou Lycurgo.
Histórico e importância de Angra 1
Inaugurada comercialmente em 1985, Angra 1 foi a primeira usina nuclear do Brasil, operando com um reator de água pressurizada (PWR). Com uma potência instalada de 640 megawatts, a usina é capaz de atender ao consumo de energia de uma cidade com cerca de 2 milhões de habitantes, contribuindo continuamente para o Sistema Interligado Nacional.
Em 2023, Angra 1 gerou 4,78 milhões de MWh, apresentando um fator de carga médio de 88,24% nos últimos cinco anos, equivalente a 322 dias de operação anual em capacidade máxima. Esses números superam os de muitas usinas similares no mundo, evidenciando a eficiência da operação brasileira.
Avanços tecnológicos e aprendizado nacional
Inicialmente adquirida da empresa americana Westinghouse por meio de um contrato turn key, Angra 1 não incluía transferência de tecnologia. Contudo, as décadas de experiência acumuladas pela Eletronuclear permitiram o desenvolvimento de programas de melhoria contínua e a incorporação de avanços tecnológicos da indústria nuclear.
O desempenho positivo de Angra 1 e os investimentos previstos demonstram o compromisso da Eletronuclear em contribuir com a matriz energética do Brasil, fortalecendo a segurança energética e adotando práticas de sustentabilidade e inovação.
Fonte: Agência Brasil




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